quinta-feira, 12 de maio de 2011

2 semanas depois...

ainda é tudo muito cor de rosa.
O cliché do "ele mudou" aqui tem assentado na perfeição. Preocupado, disponivel, sem medo de dizer vezes sem conta o que sente por mim (what? Só nestas duas semanas ouvi mais vezes os seus sentimentos que durante ano e poucos meses que tivemos juntos da primeira vez). E sei que estou maluca. E que todos à minha volta abanam a cabeça em negativo, já a prever que não vai correr assim tão bem.
Pois eu não sei, não faço ideia. Só sei que tenho estado bem, feliz. Não me têm voltado à cabeça as ideias que nasceram quando ele partiu.
Tenho medo e ele sabe, tenho dificuldade em acreditar e ele tem a perfeita noção disso. Mas o sentimento é bem maior. Amo-o. Foi como se nunca nos tivessemos separado. Como pode ser isso possivel?
Estivemos juntos um ano, um ano bom, os três meses que se lhe seguiram não foram tão felizes, cheios de mentiras (aliás, todo o ano foi cheio de mentiras) e dúvidas e desconfianças e medos e... e... e...
E depois ele desapareceu. Eu chorei, eu não comi, doia-me o peito, o corpo todo. Eu não compreendi. Todas as suas incoerências. Umas semanas depois, peguei em tudo o que estava relacionado com ele e dei, guardei longe da vista, meses depois o que ainda tinha, fiz desaparecer. As únicas coisas com que fiquei foi com um livro e um aquecedor pequenino que está na minha sala de aula, para os dias mais agrestes do Inverno.

E um ano e meio depois, como que renascido dos mortos eis que chega, de coração aberto, sem medo de revelar o que lhe vai por dentro, disposto a esclarecer as dúvidas que sempre me ficaram, disposto a desvendar todas as mentiras.
1 de Janeiro de 2011. Uma mensagem com um número que nunca mais pensei voltar a ver. Mas uma sua intenção que não conseguia corresponder. Nunca percebeu o porquê, mas eu nunca conseguiria ser somente sua amiga, daquelas que se telefona para beber um café e pôr a conversa em dia. Ele nunca percebeu e apesar de ter tentado 3 meses eu tive de pôr um ponto final porque afinal a dor de não o poder ter nos meus braços era maior que o contentamento de o voltar a ter um pouco na minha vida. Desta vez fui eu que desapareci.
E um mês e meio depois da minha ausência eis que ele volta, disposto a tudo para tentarmos outra vez.
Não é uma história de fadas e princesas. Mas uma história que quero mesmo acreditar ser possível.
A sensação que tenho hoje é que em Maio de 2009 alguém carregou no botão "pause" e de repente, Abril de 2001 carrega o "play".
E os nossos braços são familiares e os beijos também, e as coisas todas vão surgindo sem que as chamemos e as procuraremos.
E eu quero, peço, rezo, desejo que assim fique por muito muito tempo.

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