quinta-feira, 28 de julho de 2011

sinais?

Até que ponto sabemos ler sinais? Primeiro saber que são de facto sinais e saber lê-los correctamente?

Sou conhecida por desenhar dramas na minha cabeça. Basta um desvio para a esquerda e já tenho o enredo todo feito na minha mente.

Sei que sou louca por ter aceite de volta na minha vida alguém que já me fez muito mal. Sou mais uma pateta que acha que merece um amor daqueles, uma história típica de cinema: Ele vê o quão errado estava, passa uma série de tempo agoniado porque perdeu o amor da sua vida, tenta recuperá-la. Ela, que desde então não soube amar mais ninguém, tenta repudiá-lo, mas o amor que sente é ainda muito forte e acaba por aceitá-lo. Ambos vêem, percebem e sentem que são feitos um par o outro e puff! viveram felizes para sempre.

A sério que tentei resistir. Aliás, disse-lhe que o melhor para mim era mesmo desaparecer do mapa, mas ele insistiu que não e eu... bom... e eu tinha rezado tanto durante este tempo todo para que isto acontecesse que acabei por não conseguir e cedi.

Naturalmente, estes primeiros meses (3... apenas 3 meses deste segundo round), foram do mais saboroso que há. Ó mel para aqui, o chibichibuchinho para lá, muitos gostos, muitos adoro-tes, muitos amo-tes (coisa que no primeiro round... bom... dá para contar nos dedos de uma mão!).

E se uns dias está tudo bem lá vem a nuvem negra carregada de chuva que veio para estragar tudo.

Tenho noção de que a partir de certo ponto deixamo-nos de esforçar pela outra pessoa. Quer dizer...acho que não era bem isto que queria escrever. A verdade é que sem nos darmos conta, deixamos para trás (ou se calhar eles deixam para trás), certos pormenores que nós (eu, acredito que isto é tudo da minha cabeça, mas não consigo deixar de sentir isto) damos muito, muito valor.

De um "Gostas de mim? Não, eu amo-te" passar de um "Gostas de mim? Sim, muito." (não! nada disso! não pergunto coooooooooooooonstantemente, mas de vez em quando lá calha) é chato... principalmente quando estamos com uma neura tal que durante 24h não somos capaz de falar com o nosso mais que tudo. (estava triste com ele... preferi não falar sobre o assunto... Stupid Aislin I know!).

E agora, a mensagem de boas noites, que todas as noites acaba da mesma maneira, hoje acabar num outro tom...

Não sei, não sei que pense.

A confiança é uma coisa lixada e eu ainda não sou capaz de confiar nele. Não sou e até que ponto é que estou a ver coisas a mais por falta de confiança? Até que ponto estou disposta a ter o meu coração disparar de cada vez que ele recebe uma mensagem ou vai para algum lado e eu não saiba com quem?

Esta é uma conversa de controladora, se calhar uma obcessiva qualquer. É rídicula, mas a verdade, é que a dor ainda está tão presente no meu peito que não sei se estou disposta a isto.

Entretanto estou a seu lado, nos braços, perdida nos seus beijos e tudo parece claro como àgua e depois chego a casa, depois de um gosto de ti diferente, depois de todas as dúvidas e todos os medos me voltarem a crescer no caminho de regresso e não sei... Dou por mim a não saber.

Quero-o muito, acho que sim, e para aturar um menino daqueles é porque gosto mesmo muito dele. Agora... será que ao gostar assim tanto dele tenho espaço para gostar de mim?

É uma pergunta injusta. Parece pertinente mas é injusta.

Por causa dele passei a gostar um pouco mais de mim (nada como nos sentirmos desejadas certo?), por causa dele e por ele saber do meu problema com a minha imagem, fez questão de me ajudar e de me apoiar a sabe todas as merdas em que me meti e que fiz nestes últimos dois anos por não conseguir sequer olhar para o espelho.

Continuo sem saber... pensava que escrevendo este desabafo ficaria mais iluminada mas não... Nem por isso.

O que me vale é que se por acaso alguém cá vier parar por engano, vê que o comprimento disto é tão grande que nem vai ler! Valha-me ao menos isso!

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