Há que saber aceitar uma derrota, principalmente quando já foi anunciada à tanto tempo. Principalmente quando temos tanta gente à nossa volta a afirmá-lo.
Principalmente quando sangrámos e continuamos a sangrar de tanto insistirmos.
Não sei porque vi eu uma luzinha, porque renasceu em mim algo que já estava a conseguir deixar para trás.
Doi-me o peito, tenho-o apertado, ansioso, angustiado.
E ontem dizias-me
"sorri, pode ser que a vida te dê um sorriso de volta"
E eu cansada de sorrir. E eu cansada de esperar, de dar, de nada exigir.
E as oportunidades de voltares a desaparecer são mais que muitas.
Mas insistes em permanecer.
E a verdade é que as dúvidas permanecem e que me é dificil acreditar em ti (por muito que queira), de confiar em ti (por muito que tente), de me manter num grau de distância à qual não me sinto confortável.
E tudo te devia ser dito. E ando por aqui a tentar arranjar uma forma para o fazer sem parecer vilã, mas na verdade o vilão foste tu quando simplesmente desapareceste com desculpas mesquinhas e sem sentido.
Afirmas de pulmão cheio de que o que sentimos é muito puro e verdadeiro mas não fazes um mindinho para o demonstrar.
Começo a perceber o que realmente queres mas não quero acreditar que seja isso, que seja apenas isso.
Pergunto-me porque não posso eu ter o mesmo que vejo, que leio, que oiço, que presencio nas outras pessoas?
Surge-me da garganta um grito sufocado que permenecerá assim até ter coragem de enfrentar os meus receios e não ter medo de me deixar, simplesmente, cair, como já sei que vai acontecer...
O post é lindo... não o que sentes que te entristece, mas o texto muito bem escrito. Adoro!
ResponderEliminarxoxo*
Obrigado Ivânia, sempre tive um carinho especial pelas palavras (se bem que acho que lhe fui perdendo o jeito).
ResponderEliminarbeijinhos