Todos os anos a mesma loucura.
A correria do Natal, do consumismo implicito, a dor de ter a carteira vazia mas estômago para lá de cheio. De mais um par de calças que deixou de servir. Umas vinte caixas de bombons oferecidas e que se acaba por comer. O ronfonfon do sofá e a preguiça que se instala.
Depois da fúria diabética do Natal vem a passagem do ano que é mítica. Não pelas festarolas, não pelo jantar. Ano novo? Vida Nova! AHAHAH... Pois é, todos os anos entra-se numa espécie de instrospecção. Faz-se uma lista mental dos erros, dos sucessos e faz-se uma outra com coisas que queremos fazer. Não sou excepção. Eu também entro nessa molhada de gente doida que chegando o final do ano se põe com regras novas, com vontades novas e com grandes expectativas do que o novo ano possa trazer. Sou tão comum como o mais comum dos mortais. Mas não acho que seja tarefa que deva ser feita apenas e exclusivamente nesta época festiva. Percebo que assim se faça, pois é o encerrar de um ciclo.
Enfim. Como disse não fujo à regra, também tenho esperanças renovadas com esta passagem oficial de ciclo. Não sei como o vou fazer, não sei como vai correr, nos primeiros dias do novo ano sou como que uma criança que sonha que depois da meia noite do último dia do ano tudo seja limpo, novo, doce, um recomeçar do zero...
Hoje li um livro de Og Mandino que é para ensinar-nos a ver a vida de outra maneira, com 17 regras para uma nova maneira de viver e pronto... tem de partir de nós, no nosso âmago. Temos de querer e estar abertos a isso.
Não sei se estou... Mas que estou a precisar de uma mudança radical, lá isso estou!
Espero que o ano de 2011 se revele um ano melhor que o de 2010. O de 2010 cumpriu a sua missão, foi sem dúvida melhor que o de 2009 e o de 2008, esses sim, anos para se rasgar da minha vida. Se pudesse queimá-los, como se queimam páginas de um livro, já estariam em cinzas e varridos para um lugar onde não me pudesse lembrar mais deles. Mas segundo o livro que li hoje e como todos me dizem e como penso e digo também, há que aprender com o passado, não apagá-lo, mas lembrar-me das lições que me quis ensinar. Há sem dúvidas situações piores, pessoas com problemas mais graves e que dariam tudo pelas oportunidades que se me proporcionam.
Mas nós somos de uma raça inconformista e que deseja sempre mais. Por isso e para todos, os que fazem parte da minha vida, de uma maneira ou de outra, para os que não conheço e para os que já conheci espero sinceramente que 2011 seja um ano de muitos sorrisos, muitas vitórias, muitos sucessos, muitas alegrias, muita saúde, muita amizade e muito amor (lamechice ao rubro! e amor é amor, para mim que venha dos amigos e familiares que isto das relações homem mulher não foi nem está a ser para mim).
E como não podia deixar de ser, como quem apaga as velas de um bolo, fecha os olhos e pede desejos aqui vai:
- Bom aproveitamento académico
- Trabalhinho
- Era bom poder sair de casa, ter um canto só para mim, privacidade e tal (mas está dificiiiiiiiil!)
- Amizade sincera (que continue a ter na minha vida os meus amigos, se vierem novos ainda bem, mas que venham por bem e não para me lixar a cabeça, boa?)
- Saúde (espero continuar com esta saúde de ferro!!! mesmo com dores patetas no joelho quando esforço mais um pouco, que continue assim! Sem bicharocos!!)
- Muita música, não vivo sem ela, ou não fosse a minha profissão
- Bom tempo no Carnaval (São Pedro amori, esta é para ti, que na Irlanda não estejam graus negativos ok? Pronto, pelo menos que não chova, só isso já era bestial)
- O dinheiro suficiente na carteira (vá lá, até que podia pedinchar o euro milhões, mas pronto... Só o suficiente para sustentar alguns vícios meus, como o cinema, bolachas e encharpes. Se o euro milhões me quiser dar o ar de sua graça que o faça através dos meus avós, tia ou mãe, eles sim é que jogam e merecem muito mais do que eu...)
- Ia pedir um amor, mas isso não se pede e eu sinceramente... Não estou para aí virada. Deixa-me estar sossegadita que estou muito bem.
- Assim de repente não me ocorre muito mais, apenas gostava de conseguir melhorar como pessoa, mas isso também não se pede e é um processo individual, uma luta comigo mesma que espero vir a vencer.
Lá em minha casa comemora-se com:
Bacalhau cozido, couve, cenoura e ovo. Vinho da terra.
Aletria, arroz doce, bolo rei, rabanadas e coscorões (ou filhoses nunca percebi a diferença). Tudo caseiro e feito pela minha avó.
Ao faltar 5 minutos para a meia noite, o champanhe astia gancia, 12 passas, ou 12 pinhões para os mais novos, pé coxinho sobre o direito, relembrar os 12 desejos. Depois os
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1... O pum da garrafa, o tchim dos copos, os xuack dos beijos e os votos de um ano feliz. Buscar as panelas e bater nelas para espantar os maus espíritos.
Adeus e até já.
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